sábado, 29 de janeiro de 2011

O veneno do teatro

"Só os povos embriagados de História aceitam o despudor que é o grande teatro. E pagam um preço muito alto pela franqueza. Paixões medonhas, que tudo fazemos para exorcizar, por que conservá-las intactas como quem cultiva com amor um vírus mortal em carne viva no meio extremamente favorável que é uma peça? A catarse é uma pilhéria forjada por Aristóteles para desativar a peçonha segregada por Sófocles. GRANDE TEATRO NÃO PURGA, ENVENENA"

(Carvalhaes, personagem de Reflexos do Baile, de Antônio Callado, 1976).

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