quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Prece ao outro

A areia que nunca preencheu o espaço acolhedor de minhas mãos
acaba de escorrer para longe
Não creio ser possível perder o que nunca se teve, mas sinto assim.
As profecias estavam bêbadas, você nunca veio
Na lucidez tudo frio e distante, dois blocos de gelo dizem oi
Meu coração em estado de observação logo recebeu alta, mas teme a volta da febre
Essa doença é pensar na beleza do castelo de areia que você não aceitou construir
Esta noite, ajoelhado aos pés da cama, junte as duas mãos, erga seus belos olhos para o céu e faça um pedido por mim:
Deus, que ele me esqueça para sempre e o seu coração fique sereno como o luar de uma noite feliz.

Fev 2006

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